Juntei os silêncios num caldeirão com pós de perlimpimpim,
misturados com mais uns sonhos e desejos,
uns olhos de quem tudo vê e um coração de quem tudo sente,
umas mãos de percistência e a luz da sabedoria.
De varinha em punho
fiz brilhar estrelas na noite mais escura,
fiz surgir fadas e gnomos mágicos com flautas coloridas e poderes incríveis.
Dancei as mesmas danças que só dançam os que sonham;
disse a mesma presse que só dizem os que creem;
e atrevi-me a viver como só vivem os que imaginam.
Adicionei os versos soltos escritos pelo tempo,
Dei às palavras outras cores, dei outros ritmos aos tambores e gargalhei até que tudo pudesse acontecer,
chorei até que tudo deixasse de doer…
e desenhei amor onde nada mais havia para além do vazio.
Juntei ainda à poção uma pitada de loucura e mistério,
umas lascas de esperanças e a essência dos sorrisos,
uns pingos de chuva e um toque de luar.
Afinal a bruxa era eu e enquanto vivi, em poemas, por um dia, não houve feitiço que não fizesse.
E assim sei que na poesia, por magia
aconteci!
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