Ilustração por Patrícia Magalhães
Foram Sempre Mais de mil
Foram mais de mil as coisas que não disse,
que engoli, calei e até fiz por esquecer, embora sem sucesso.
As palavras que guardei, hoje são o alimento dos cadernos imensos,
repletos de sentimentos traduzidos em poemas
que vez por vez me saem num jeito simples de desabafo.
É que havia tanto a dizer, e a pensar, e a compreender.
Tanto, que não bastariam as noites, e os dias,
e o espaço que a vida deixa para sentir ao invés de apenas fazer.
Foram mais de mil os livros nas estantes que ficaram por ler,
e tantos sublinhados por fazer, e tantas passagens por escrever na palma da mão,
como quem tenta escrever na alma para nunca mais esquecer,
ou para ter com o que sonhar, sempre que o coração precisar de aconchego.
Mas tudo passa, e só os livros ficam - são mais de mil,
e entre eles estão os livros das minhas palavras, do meu imenso que ficou por contar – um dia,
quando houver tempo de sentir e acontecer…
Foram mais de mil as noites que ficaram por cumprir,
é que o tempo não se atrasa, acho até que o seu relógio tem uma corda infinda,
e a pontualidade fica sem pudor,
marcada nas mãos pousadas sobre os cadernos cheios de poemas,
e sobre as estantes repletas de livros, para que se saiba, sem esquecer,
que o tempo também passou por cá.
Foram mais de mil os desejos que se foram perdendo,
espalhando-se pelo chão e pelas paredes desta casa.
Lá de quando em vez, avista-se um desejo num canto de um móvel,
ou numa página de um livro,
que até lhe dobrei a ponta, para que jamais me caia no esquecimento
toda aquela vontade de cumprir sonhos como quem cumpre os dias...
Foram mais de mil os dias que passei aqui,
escrevi e apaguei palavras, calei a voz do silêncio como pude,
e como pude, teci um manto de motivos que me façam escrever por toda a vida,
sobre as mais de mil coisas que por pudor ou incerteza fui deixando por escrever…
aqui, neste barco de sentimentos e sentidos,
remado apenas pelo coração,
que entre mais de mil corações, é tão somente o meu,.
*
Foram Sempre Mais de mil
Foram mais de mil as coisas que não disse,
que engoli, calei e até fiz por esquecer, embora sem sucesso.
As palavras que guardei, hoje são o alimento dos cadernos imensos,
repletos de sentimentos traduzidos em poemas
que vez por vez me saem num jeito simples de desabafo.
É que havia tanto a dizer, e a pensar, e a compreender.
Tanto, que não bastariam as noites, e os dias,
e o espaço que a vida deixa para sentir ao invés de apenas fazer.
Foram mais de mil os livros nas estantes que ficaram por ler,
e tantos sublinhados por fazer, e tantas passagens por escrever na palma da mão,
como quem tenta escrever na alma para nunca mais esquecer,
ou para ter com o que sonhar, sempre que o coração precisar de aconchego.
Mas tudo passa, e só os livros ficam - são mais de mil,
e entre eles estão os livros das minhas palavras, do meu imenso que ficou por contar – um dia,
quando houver tempo de sentir e acontecer…
Foram mais de mil as noites que ficaram por cumprir,
é que o tempo não se atrasa, acho até que o seu relógio tem uma corda infinda,
e a pontualidade fica sem pudor,
marcada nas mãos pousadas sobre os cadernos cheios de poemas,
e sobre as estantes repletas de livros, para que se saiba, sem esquecer,
que o tempo também passou por cá.
Foram mais de mil os desejos que se foram perdendo,
espalhando-se pelo chão e pelas paredes desta casa.
Lá de quando em vez, avista-se um desejo num canto de um móvel,
ou numa página de um livro,
que até lhe dobrei a ponta, para que jamais me caia no esquecimento
toda aquela vontade de cumprir sonhos como quem cumpre os dias...
Foram mais de mil os dias que passei aqui,
escrevi e apaguei palavras, calei a voz do silêncio como pude,
e como pude, teci um manto de motivos que me façam escrever por toda a vida,
sobre as mais de mil coisas que por pudor ou incerteza fui deixando por escrever…
aqui, neste barco de sentimentos e sentidos,
remado apenas pelo coração,
que entre mais de mil corações, é tão somente o meu,.
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Ao meu lado existe o vosso lado, e aqui é o vosso espaço. Desejo imenso ler-vos !