O tempo - que se nos esgota,
que se nos corre por entre os dedos, e por nada se aloja nas palmas das mãos, no colo, no enlaçar dos braços...
O tempo - que nunca nos sobra,
que tantas vezes nos falta, que nos leva a perguntar: quando foi?
O tempo - que nos escreve nas linhas de expressão a nossa história,
e que ao espelho nos mostra o valor do que fizemos, e a importância do que deixamos para depois.
O tempo - que se engrandece perante os nossos olhos, mas que é tão pequeno no fim de contas. Que passa tão rápido e tão de fininho por nós, que nos finta e engana sem dificuldade,
e que nos faz sentir no começo de tudo um aperto,
e no fim de tudo tanta saudade.
É esse, o tempo, que sendo infinito é findável,
Que sendo indefinível é insofismável, que sendo impercetível é marcante, que sendo meramente controlado, é naturalmente incontornável.
É o tempo...
uma imensidão de poder querer, aprender, fazer e sentir,
sempre mais.
Ilustração © by Patrícia Magalhães
Nota: Se faz sentido, é tudo uma questão de tempo; e se não faz sentido, é tudo uma questão de sentir.
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