Hoje, lembrança, ficas-me bem.
Vestida de tempo, pintada de saudade,
perfumada de outras primaveras
que já senti chegarem aqui, tão perto.
Hoje, sim hoje,
ficas-me bem e
sabes-me tão bem – a sal do mar, a maçã da
época, a fruto silvestre colhido a tempo.
Tens um travo a segredo e um
silêncio de orvalho fresco,
que disfarça as lágrimas que me fogem
dos olhos, p’ra
dar lugar a sinais que ficam
do tempo que já passou.
Ficas-me bem, lembrança…
nestes poemas que escrevo com tinta de sonhos e
Com o cansaço dos passos
que dei p’ra chegar aqui, onde te encontro e
me visto de ti, p’ra
sair por aí, ao encontro de
quem, como eu,
sabe o significado de estar só, como sós
são os sonhos das noites
Perdidas, que ficam, tu sabes,
por esquecer…
*
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