Reencontrei-te por acaso, numa
das ruas da vida.
Trazias, como no momento
em que te disse adeus, o mesmo
olhar de quem tem ainda tanto p’ra dar.
Deste-me a mão, os braços, o coração, como
outrora e, eu soube:
chegaria a casa, se
eu te deixasse levares-me contigo, segura.
Embalaste-me como o vento embala
as árvores e,
chamaste-me pequenina.
Pousaste-me um dedo nos lábios, onde
outrora os teus lábios repousaram e,
os teus dedos desenharam na minha mão
Estrelas, como as estrelas que cobriam a rua e,
Como as estrelas que por tantas vezes quiseste ver
nos meus olhos.
Reencontrar-te por acaso numa dessas ruas da vida,
foi como ver o mundo todo que já tínhamos
atravessado juntos, noutros tempos,
ser nosso, outra vez,
sem limite, sem medo do depois...
E então, o sabor a lembrança mudou de sabor.
Hoje é sabor a palavras que te escorregaram dos lábios
e de encontro ao meu cabelo diziam-me: Bem-vinda a casa,
Meu amor.
*
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