Há nesta casa um leve silêncio triste;
uma memória de outras vidas, outros sonhos,
outros seres.
O relógio segue calado, impune, intacto;
é que o tempo não para, e com o pó acumula-se também a melancolia
que a saudade deixa quando fica,
que o tempo deixa quando passa.
Há na penumbra um pensamento largado - esquecido,
talvez.
Há um abraço, umas tantas palavras e uma história,
que a naftalina defende do tempo;
que o pó sublinha no esquecimento;
que o silêncio intensifica, calado e,
que cuja memória dá a voz.
Há em tanta solidão uma alma afundada;
um franquear de portas fechadas sem saber o que há por trás.
Há nesta casa uma memória de amor…
há nesta casa, ainda, um bocado de nós.
*
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