Sei o teu nome - tão claro como água;
é o poema livre que escrevo na pele já marcada
pelos beijos que não demos e pelas palavras que nunca dissemos,
porque não houve tempo ou faltou vontade;
que importa?
Sei o teu nome e escrevo-o repetidas vezes;
em qualquer folha branca, em qualquer pedaço de alma
que ainda me resta, se é que
me resta alguma coisa depois
De já ter perdido tudo o que havia para perder,
ao longo da vida que já vivi e que
não te contei, porque também te perdi.
Mas ainda sei o teu nome, e
se eu me perder também, não faz mal, porque
o pior já lá vai, e eu já morri
tantas vezes, que qualquer coisa mais que eu perca,
é só mais uma certeza que nada, no fundo, me pertencia.
*
Sem comentários:
Enviar um comentário
Ao meu lado existe o vosso lado, e aqui é o vosso espaço. Desejo imenso ler-vos !