terça-feira, 4 de junho de 2013

Sei o Teu Nome

 

Sei o teu nome - tão claro como água;

é o poema livre que escrevo na pele já marcada

pelos beijos que não demos e pelas palavras que  nunca dissemos,

porque não houve tempo ou faltou vontade;

que importa?

 

Sei o teu nome e escrevo-o repetidas vezes;

em qualquer folha branca, em qualquer pedaço de alma

que ainda me resta, se é que

me resta alguma coisa depois

De já ter perdido tudo o que havia para perder,

ao longo da vida que já vivi e que

não te contei, porque também te perdi.

 

Mas ainda sei o teu nome, e

se eu me perder também, não faz mal, porque

o pior já lá vai, e eu já morri

tantas vezes, que qualquer coisa mais que eu perca,

é só mais uma certeza que nada, no fundo, me pertencia.

 

*

 

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