Tenho o coração tão cheio de tudo;
de mim, de ti, de nós.
Um nós que nunca o foi mas que eu amei.
Quero dizer, eu não amei; acho que ainda amo,
mesmo sem que o tenha sido.
Tenho os olhos cansados demais;
cansados de chorar por mim, por ti, por nós.
Um nós que esperei, mesmo sem que me o tenhas
Prometido;
um nós que era para ter sido e no fundo,
nunca o foi.
Porquê? Ah, sei lá.
Tenho a vida vazia demais;
tu não estás, e eu não quero mais ninguém.
Acompanham-me os livros, os sonhos e a tua ausência,
As histórias, os poemas e os momentos de angústia
por não saber de ti.
Eu até nem lamento nada,
a não ser por não sentires a falta de mim.
Tenho os braços livres demais;
por tantos abraços que nunca te dei.
Sei lá eu porque não te abracei;
sei lá eu porque ainda espero por ti;
sei la eu de nós, se no fundo nada sei.
Fim.
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