Caiu o pano,
baixou-se a cortina e apagaram-se as luzes.
Vamos embora, só fica quem quiser…
amanhã é outro dia, e só volta quem puder;
quem se dispuser a ver mais uma peça de teatro,
uma história de vida,
um drama daqueles de elevar o coração - talvez voltem amanhã…
Talvez sim… talvez não!
Abandonaram-se os lugares;
quais humanos entregues ao naufrágio dos dias…
mas tu não vias as coisas desta forma, não é?
Suponho que não, tu as não vias!
Os lugares confortavam corpos cansados…
e as almas dos que se foram,
quem é que as confortou?
É que aqui só ficou a lembrança da peça de teatro…
Nada mais cá ficou!
Eu vou também.
Amanhã, dizem os que sabem, que é outro dia.
Amanhã há tempo pra outro ato…
outra peça, outro teatro;
outro tempo, que não havia!
*
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