Confinei-me em mim e disse adeus ao que já não quero.
Aprendi a escolher para mim o que realmente importa e preciso.
Deixei os risos e sorrisos forçados, as palavras ditas sem convicção,
os acenos sem motivos e os motivos que nunca soube, no fundo, entender.
Deixei as certezas que não eram minhas na verdade
e os paços dados por mim sem que os quisesse dar,
os atos tidos e formalizados sem que os desejasse, nem por um minuto, cometer.
Confinei-me,
Reli-me e entendi-me. Ouvi-me e percebi...
já não me cabia o espaço dos outros,
os risos dos outros, os quereres e pensamentos que não fossem os meus.
Sentia-me intoxicada de outros, e já não me percebia, não me encarava, e com tudo isso, não escrevia,
não sentia e não transpirava aquilo que sou, quer queira quer não,
apesar de tudo e até do que pelos outros, julguei, erradamente, já não ser.
Confinei-me e encontrei-me...
nesta ilha onde sei ser e sou, verdadeiramente, eu.
Perto o suficiente,, longe o quanto baste, presente sempre que preciso, ausente porque tem de ser,
constante na inconstância de poder sentir e ser, fazer por ser e estar, como for, onde for,
porém, sempre fiel a mim mesma.
Confinada do que não quero,
livre no que sempre quis ser.
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminar